SÓ PRA TROCAR FIGURINHAS, TAREFINHAS, HISTORINHAS...

Dia desses, numa aula, aproveitei uma música que os alunos estavam cantando pelos corredores em tom de galhorfa. Era quase carnaval e a música buscava ritmo através de três diminutivos (bicicletinha, sainha e calcinha... ou coisa parecida, não lembro bem). A aula era sobre as concepções sociais, políticas, filosóficas etc, que se escondiam por trás daquilo que lemos e vemos em nosso cotidiano. Que concepções estariam subjacentes às músicas que cantamos? Que concepções propagamos, através dessas músicas, sem nem perceber?
E aí aconteceu a ideia. Por que não aproveitar essas CONVERSAS DE CORREDOR, num blog, para troca de figurinhas? Talvez seja interessante reproduzir aqui algumas das curiosas (e fazendo uso do ritmo à lá 'inha') historinhas que nós professores vivenciamos pelos corredores das escolas onde trabalhamos... Taí, então, vamos ver no que dá.

quarta-feira, 14 de julho de 2010

O FIM

Era uma consulta de emergência. Parecia um ataque provindo de alergia. A moça tinha os dedos inchados, o rosto vermelho e embargava a voz ao tentar falar.
O médico puxou o estetoscópio apressadamente, sentiu-lhe a respiração ofegante, fraca e pediu-lhe:
- Repita: liberdade.
A moça assustou-se. O médico insistiu:
- Vamos, repita: liberdade.
A moça tentou, quase sem levar a sério:
- Liiii...lib... libbberrrr... - Mas não conseguiu.
O médico percebeu que era mais sério do que parecia e que talvez precisasse agir mais efetivamente. Não queria perder a paciente.
Arrancou-lhe a aliança do anelar da mão esquerda e ordenou apreensivo:
- Fale, vamos, liberdade.
- Liberdade! - respirou, enfim, a moça.
... E assim o casamento acabou.

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