Era uma consulta de emergência. Parecia um ataque provindo de alergia. A moça tinha os dedos inchados, o rosto vermelho e embargava a voz ao tentar falar.
O médico puxou o estetoscópio apressadamente, sentiu-lhe a respiração ofegante, fraca e pediu-lhe:
- Repita: liberdade.
A moça assustou-se. O médico insistiu:
- Vamos, repita: liberdade.
A moça tentou, quase sem levar a sério:
- Liiii...lib... libbberrrr... - Mas não conseguiu.
O médico percebeu que era mais sério do que parecia e que talvez precisasse agir mais efetivamente. Não queria perder a paciente.
Arrancou-lhe a aliança do anelar da mão esquerda e ordenou apreensivo:
- Fale, vamos, liberdade.
- Liberdade! - respirou, enfim, a moça.
... E assim o casamento acabou.
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